Nas próximas linhas você confere a história do Bairro Jova Rural na narrativa de Maria Eliza Luiz Santana (Presidente da Associação de Mulheres Amigas de Jova Rural).
Diferença da violência de 20/25 anos atrás a idade
do bairro e atualmente.
Eu Maria Elisa Luiz Santana, moradora do bairro
desde 1991, presidente da Associação de Mulheres Amigas de Jova Rural fundadora
junto a um grupo de 10 mulheres no ano de 1994. Em minha opinião, penso que a diferença:
VIOLÊNCIA HOJE = O fator determinante é as “drogas”
impera com, consequências desastrosas independente de classe social, credo,
religião etc. Ninguém encontra a solução para frear tanta violência, nem os
governos com todo aparato polícias, exércitos, projetos diversos. O respeito e a disciplina no seio familiar
quase inexiste, precisamos resgatar valores
familiares. Todos tem esperança ninguém desiste estão todos tentando
para o bem do mundo.
VIOLÊNCIA A MAIS OU MENOS 20/25 ANOS ATRÁS (idade do
bairro) = Violência oportunista, onde se aproveita da fraqueza e vulnerabilidade
de um povo, penso que se encaixa no ditado “A ocasião faz o ladrão” Exemplos: no
bairro de Jova Rural as pessoas recém-chegadas para assumir o bairro,
vivenciaram verdadeiro terror com suas casas invadidas a todo o momento,
roubos, furtos, estupros, mortes, polícia invadindo sem distinção tentando coibir
violência, famílias assustadas, uns fugindo indo embora abandonando seus lares,
mas graças a Deus inferno passageiro, dentre várias situações as ações
policiais davam resultados.
Ainda assim famílias estavam unidas, respeito
familiar amor, disciplina imperava e com perseverança o bairro segue em frente.
Havia somente como equipamentos comunitários a EE. Felício
Tonetti com ensino fundamental e estrutura de Madeirit; a EE. Gustavo Barroso
com ensino médio estrutura igualmente, um Centro Comunitário que não tinha no
início muita utilidade, uma creche muito
precária para 120 crianças, uma Associação de moradores que
não vingou.
O bairro com população de
baixa escolaridade na sua maioria
mulheres chefes de família, baixa renda.
Vida que segue o bairro começa a melhorar, na luta de todos.
Fundação da
Associação de Mulheres Amigas de Jova Rural em 1994, como protagonista dessa história
ainda que precariamente iniciou-se um trabalho, pessoas de boa vontade, pouco
conhecimento, e muito a fazer, não era o suficiente, tínhamos que partir para
ações concretas, programa viva-leite, moradias, melhorar os equipamentos
existentes, iluminação, água, esgoto, implantar alfabetização, cursos de
capacitações, pensando sempre na geração de renda e conquistar outros tantos para
o bairro, trabalho tímido na garagem dessa presidente, mas tarde parceria com
EE. Felício Tonetti, que cresceu sua estrutura passando a ser de Alvenaria,
assim como o EE. Gustavo Barroso, nessa
luta veio a EMEI Celso de Freitas, construção dos sobrados e apartamentos, mas
tarde a organização em parceria com a CDHU passou a ocupar o espaço
do CAC na rua Antônio Sérgio de Matos
1900 , mas tarde demos lugar a construção da EE. Nelson Caetano, sendo realocado
em um galpão por um período de dois anos na mesma rua nº 10, onde todo o
trabalho continuado de vários projetos em parceria com os governos municipal,
estadual e federal se intensificaram, enquanto aguardávamos proposta da própria
CDHU de construção de uma sede em favor da organização na Rua Roberto Lanari
998, no próprio bairro, salientamos que referido espaço ficou pequeno já algum
tempo onde tivemos que fazer escolhas e abrir mão de alguns projetos como: Alfabetizações
de Jovens e adultos tinham 04 salas, Tele centro, cursos de capacitação,
costura enfim, em nossa trajetória tem a luta que é de todos veio igualmente, mais
creches totalizando 03(três) escolas sendo duas de ensino fundamental e uma de
ensino médio, uma EMEI, um CIC- Norte (centro de Integração a cidadania) do Governo
do Estado, a Fabrica de Cultura do Governo do Estado, nesse desenvolvimento
pessoas, população mais esclarecidas, mais participativas, mais informadas com
nível cultural mais elevado, moradias melhoradas e já mencionando os vários
projetos dentro desses equipamentos citados como a Associação de Mulheres
ofertando até o momento 03(três) CCA (Centro para Crianças e Adolescentes)
sendo 02 dentro do bairro de Jova Rural e 01 no bairro do Jardim Felicidade,
NCI (Núcleo de Convivência para Idosos), MSE (Medida Sócio educativo), SASF (Serviço
de Assistência Social e Apoio à Família) ambos conveniados do Gov. Municipal e
Federal, o Polo de Beleza com cursos de Depilação e Design de Sobrancelhas, Manicure/Pedicure,
Assistente de Cabeleireiro e Maquiagem onde por falta de espaço físico na
organização está sendo desenvolvido no CIC-NORTE, programa Viva-leite para
crianças e idosos, convênios com Gov. do Estado.
A comunidade continua lutando e aguarda:
* UBS na região do Jova Rural, na Rua Nilda Carvalho
Cunha, ao lado do Cic- Norte onde processo de nº 2011-0.316.194-2 PAC/2 tramita
entre secretaria de Saúde e CDHU, essa luta acaba de completar dez anos desde a
1ª plenária para tanto;
* ÁREA DE LAZER- A princípio na Rua Antônio Sérgio
de Matos nº 10, com praça e quadra para esporte de futebol, vôlei, pista de
skate, etc.
* Transporte melhorado, pois ainda é precário;
* Legalização do Bairro perante o município,
responsabilidade CDHU, as famílias querem e necessitam de suas escrituras;
COMPROMISSO DE TODOS
MUITO JÁ SE FEZ, MUITOS
FIZERAM, E MUITO MAIS HAVEREMOS DE FAZER NESSA BUSCA DE QUALIDADE DE VIDA MELHOR PARA TODOS!
Maria Elisa Luiz Santana
Presidente da Associação
de Mulheres
Amigas de Jova
Rural